Guerra Fria, Regime Militar e Democracia

Entre 30 e 31 de março, alguns acontecimentos no Brasil acabaram chocando a mídia mainstream e socialistas mijões em geral. Os acontecimentos em questão são: 1) A comemoração, por parte dos militares, do golpe de 64 (ou revolução de 64, ou contra-golpe de 64) que instaurou o regime militar e marcou a perseguição às milícias terroristas da esquerda no Brasil. 2) A percepção de que inúmeras pessoas reconhecem esta data como o dia em que os militares de fato salvaram o Brasil de uma tentativa de estabelecer um regime comunista por parte das militâncias comunistas aqui instaladas.

Houve até quem quisesse impedir o direito de militares octogenários de reunir-se e comemorar. É o exemplo da coragem revolucionária esquerdista: atacar velhinhos na rua.

Num país onde o meio acadêmico, a imprensa e agora até o governo são hegemonicamente esquerdistas, falar a verdade é um crime herético. É tabu dizer que os terroristas eram de fato terroristas, e não freedom fighters. É tabu dizer que – apesar da autoridade, da mão-de-ferro e até de algumas injustiças cometidas pelos militares – o Regime Militar nos salvou de coisas muito piores, como a desastrosa protoditadura de Allende, a Guerra Civil no Peru ou um regime totalitário como o cubano. Não entrarei aqui nos pormenores das diferenças entre o nosso Regime Militar e a ditadura castrista que até hoje escraviza e massacra o povo cubano, posto que a maioria delas é óbvia.

Vou me contentar com uma afirmação de minha parte e a publicação de um texto excelente que encontrei no site A Verdade Sufocada, que fala justamente da transição do Regime Militar para a Democracia. O que tenho a afirmar é que, apesar de um Regime Militar não ser uma forma de governo desejável, não garantir a plenitude dos direitos individuais, das liberdades e da privacidade do cidadão, ele foi o único instrumento possível para assegurar a sobrevivência da nossa nação. Impediu a explosão do terrorismo comunista, evitando uma guerra civil como a peruana ou uma revolução como a cubana, forçando as militâncias da esquerda a aceitar, pouco a pouco, as regras da democracia. É fundamental ressaltar que, comparativamente, nosso Regime Militar foi muito mais brando – tanto em números de execuções como de prisões – do que qualquer outro regime militar da América Latina (mesmo com uma população muito maior) e com certeza muito mais brando do que qualquer regime esquerdista vigente na época.

Segue o texto:

Texto do General da Reserva Luiz Eduardo Rocha Paiva, professor emérito e ex-comandante da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército.

Nos anos 1960, a Guerra Fria entre EUA e URSS agitava o mundo com a disputa pela hegemonia global. Eram visões distintas de como o Estado proporciona desenvolvimento, segurança e bem-estar a uma nação. À visão capitalista, liberal, democrática e cristã dos EUA, opunha-se a socialista, centralista, totalitária e materialista da URSS. Na verdade, acima da crença ideológica estava a luta de dois impérios pelo poder hegemônico, sendo o Brasil uma prioridade da URSS, pois sua adesão ao bloco socialista arrastaria toda América do Sul, ameaçando diretamente os EUA.

Os valores nacionais identificam-se mais com a visão norte-americana, mas ela não serve ao Brasil em sua forma pura, haja vista as nossas peculiaridades. Por outro lado, o modelo soviético foi fracasso total.
No País, Jango herdara uma situação econômica difícil, agravada em sua gestão. Em 1963, abandonou o plano econômico ortodoxo de Celso Furtado, pelo alto custo político, e lançou um programa radical de Reformas de Base sem ter força política para aprová-lo no Congresso Nacional, daí a tentativa de implantar o estado de sítio no final daquele ano. Reformas na lei ou na marra era o revelador slogan da campanha desencadeada com ameaças ao Legislativo e ao direito de propriedade, com a anarquia levada às ruas, para intimidar as instituições, e aos quartéis para quebrar a hierarquia, disciplina e coesão, imobilizando as Forças Armadas (FA). Foi suicídio político a sua aliança com o então ilegal Partido Comunista Brasileiro (PCB), que empregava a subversão e infiltração nas instituições, estratégias da matriz soviética para a conquista do poder e a abdução do Brasil. Luiz Carlos Prestes, líder do PCB, chegou a declarar: já temos o governo, nos falta o poder.

A luta armada também estava em preparação. Militantes comunistas faziam cursos de guerrilha na China, havia 218 Ligas Camponesas armadas no Nordeste, sob a orientação cubana, e se organizavam os Grupos dos Onze, em todo país, cujos estatutos previam “a utilização de escudos civis, principalmente mulheres e crianças”; e o “julgamento sumário de oponentes — os reféns deverão ser sumária e imediatamente fuzilados”.
A tentativa de imobilizar as FA teve momentos cruciais. A Revolta dos Sargentos em setembro de 1963 e o Motim dos Marinheiros em março de 1964, quando, em ambos, os revoltosos presos foram soltos sem punição nem julgamento, num incentivo à indisciplina. E, ainda, o jantar em apoio ao Presidente, oferecido por sargentos no Automóvel Clube do Rio de Janeiro onde, após discursos políticos de praças, Jango ameaçou os oficiais que se pronunciavam contra a indisciplina nos quartéis.

Em 13 de março de 1964, o Comício da Central do Brasil marcou, tanto a escalada do golpe comuno-sindicalista como a organização da reação democrática até então dispersa. Para uma Nação predominantemente católica e conservadora e com instituições políticas fracas, para garantir a democracia em crises políticas agudas, era como se o próprio Presidente ameaçasse a Constituição que jurara defender. Isso gerou insegurança e desconfiança em toda a sociedade, particularmente em setores decisivos como a classe média, a Igreja, a imprensa, a classe política, o empresariado e as FA, que optaram por corrigir o rumo imposto ao País, mesmo com o rompimento da ordem constitucional.

O 31 de Março foi um movimento civil-militar, haja vista as gigantescas manifestações de apoio da população antes e após o evento. Jango, que tivera amplo respaldo para tomar posse em 1961, não teve nenhuma reação das instituições, dos partidos ou da Nação em sua defesa, em 1964. Para muitos estudiosos, ele não era comunista, mas sim um político populista e pragmático, que perdera para o PCB, Brizola e os sindicatos as rédeas do movimento ao qual se aliara e pensara conduzir de acordo com seus propósitos.

O regime militar era de exceção como os generais-presidentes reconheciam ao defenderem a necessidade de redemocratização. Autoritário, ao limitar liberdades individuais, políticas e de imprensa, mas não totalitário, que elimina a liberdade e a oposição, cala a imprensa e impõe o pensamento único. Havia partido de oposição – o MDB – com espaços na mídia e disputando eleições livres. A bandeira do MDB era democracia já e o partido do governo, a ARENA, pregava a abertura gradual e segura. Músicas de protesto, festivais da canção, grupos, peças teatrais e periódicos criticavam o regime e livrarias vendiam obras de linha marxista-leninista. São liberdades impensáveis em regimes totalitários como o cubano, chinês e soviético, matrizes da esquerda revolucionária brasileira.

A luta armada no Brasil não teve o reconhecimento de nenhuma democracia ou organismo internacional de que lutasse por liberdade ou representasse parte do povo brasileiro. É hipocrisia a condenação dos governos militares por setores então alinhados ou que ainda professam a ideologia de Estados totalitários como foram URSS e China, responsáveis pelos maiores crimes contra a humanidade. Tomado o poder, cometeriam atrocidades como as de suas matrizes, inclusive a cubana.

A redemocratização, a partir de 1978, não foi obra da esquerda revolucionária, então totalmente desmantelada. É engano considerá-la vitoriosa pelo fato de antigos militantes ocuparem, hoje, posições de liderança na sociedade. Eles não chegaram ali pela força das armas e ao arrepio da lei e sim como cidadãos com plenos direitos assegurados pela anistia em 1979. Abandonaram a luta armada, derrotados, e submeteram-se às normas democráticas, reintegrando-se à sociedade na forma da lei e em pleno regime militar. O Brasil tornou-se uma democracia, propósito da sociedade, da oposição legal e dos governos militares, e não um país comunista, escravizado por um partido único, objetivo não alcançado pela esquerda revolucionária.

Texto original disponibilizado no site A Verdade Sufocada. Para ler o artigo original, clique aqui.

Seriam mesmo os porcos capitalistas? – Parte 2

Análise do Livro “A revolução dos Bichos”

  • Principais personagens:

– Senhor Jones: proprietário da fazenda. Representa a personificação do regime o qual eles querem combater.

– Major: Um velho porco muito respeitado na fazenda, é ele quem idealiza a tal revolução.

– Sansão e Quitéria: Representam a massa trabalhadora, os personagens são estúpidos (palavras do próprio autor), porém bastante dispostos a trabalhar e o mais importante, eram honestos.

– Benjamin: Era um burro (no sentido literal). Era também o animal mais idoso da fazenda. Pouco falava e das poucas vezes que falava, era emitir algum comentário cínico.

– Mimosa: Era uma égua altamente vaidosa e adorava torrões de açúcar. (Nos dias de hoje, acho que ela tomaria Coca-Cola e sua lanchonete preferida seria o Mc Donald’s.

– O gato: Sempre sumia na hora do trabalho e votava dos dois lados. O típico em cima do muro.

– Moisés: O corvo domesticado. Sempre falava da existência duma espécie de “céu”, pra onde os animais iriam depois de morrer.

– Bola de Neve, Napoleão e Garganta: Porcos que estavam à frente da administração da fazenda, representavam a classe privilegiada.

A história tem início quando Major, antes de morrer, reúne os animais da fazenda pra falar que teve um sonho. Antes de contar o tal sonho, ele enfatiza o quanto suas vidas são miseráveis, o quanto trabalham duro, que eles não sabem o que é felicidade ou lazer e que tampouco sabem o que é liberdade. Em contrapartida, a terra é fértil, o clima é bom e que o culpado por tudo de ruim que acontece com eles são os seres humanos – o que pra eles significava o regime em vigor. Para eles os homens – representados por Senhor Jones – que são a raiz de todo o mal, consomem sem produzir. Ficam com todo o fruto do trabalho dos animais só dando a eles de volta o suficiente para que possam sobreviver (salário) e ficam com o restante (lucro). Isso é o que Böhm-Bawerk, em seu livro “Kapital und Kapitalzins” (Capital e Juros), chama de teoria da exploração do socialismo-comunismo, teoria esta oriunda de pensamentos os quais Marx precisou de quatro livros para defendê-la e Böhm-Bawerk apenas um livro para desmenti-la.

Major insiste que bastaria que se livrassem dos homens para que num passe de mágica todos os seus problemas desaparecessem.  Ele instrui que essa informação fosse passada de geração para geração e ressalta, principalmente, que os doutrinados tampem os ouvidos quando qualquer um venha a dizer algo que seja contrário ao novo  regime, o qual futuramente ganhará o nome de Animalismo. (Será por isso que nossos colegas de outras vertentes políticas parecem ser surdos quando finalmente lhes é apresentada a verdade?). Por fim, ele repassa aos animais uma canção chamada “Bichos da Inglaterra” que nada mais é do que uma espécie de hino do regime futuramente implantado. Essa canção nada mais é do que algo q serve para motivar, inflamar os animais. Do mesmo jeito em que na URSS Lenin falece  e Stalin acaba sendo o chefe de Estado em seu lugar, Major 3 dias depois falece e a revolução fica por conta dos porcos Bola de Neve (O mais carismático, porém com honestidade meio duvidosa) e Napoleão (mais rígido, porém com bastante força de vontade e ao decorrer do livro, mostra sua total falta de caráter) por serem, sem dúvida, os animais mais inteligentes da fazenda. Garganta era o porquinho altamente falante que fazia o papel que hoje em dia podemos chamar de mídia, já que todo regime totalitário é caracterizado por uma forte propaganda estatal. Durante algum tempo os adeptos do Animalismo faziam reuniões secretas. No Brasil podemos citar o PCB (Partido Comunista Brasileiro) que durante vários anos mantiveram-se na clandestinidade, esperando o momento certo pra “dar o bote” e tentar instalar o tal regime no país (graças a Deus esse dia nunca chegou).

Lenin
Stalin

Durante as reuniões secretas, os animais faziam muitas perguntas, uma delas é a pergunta da Mimosa, que questiona se no Animalismo ela poderá comer torrões de açúcar. Logo os líderes do movimento falam que não, pois tudo aquilo que eles consideravam supérfluo, seria banido. Para eles não importava o quão importante para os animais eram alguns hábitos, pra eles o que importava era obter aquilo que era essencial para a sobrevivência. Alguns animais concordavam, apesar de não estarem realmente convencidos de que isso era o melhor para eles.

Os porcos tiveram trabalho com Moisés, o corvo, pois este espalhava que existia uma espécie de “Montanha de Açúcar” (o que pra nossa linguagem podemos chamar de céu) e era pra este lugar que todos os animais iriam após a morte. Como nos regimes totalitários, como o comunismo, socialismo e etc. não há liberdade de credo, no Animalismo não era interessante que os seguidores acreditassem nisso. Eles tiveram bastante trabalho para convencer os animais de que isso não passava de devaneios da mente tola do corvo.

Cristã sendo perseguida na Coréia do Norte, país de regime socialista

Nas reuniões, Sansão e Quitéria nunca tiveram capacidade de pensar por si próprio, porém absorviam tudo que lhes era ensinado pelos porcos, tal qual muitos trabalhadores acreditam que seus sindicatos servem somente para lhes ajudar e lutar pelos seus interesses. Sansão é tão alienado que chega a dar dó. O típico “idiota útil”.

A revolução enfim aconteceu quando um dia Senhor Jones, passando por problemas pessoais, esquece de alimentar os bichos e isso faz com que estes se rebelem. Podemos citar isso como um momento de crise do atual regime. Eles usaram de violência e luta e expulsaram a personificação do regime da fazenda. Trataram de se livrar de tudo que lembrava o Senhor Jones e tiveram uma falsa sensação de que tudo aquilo agora pertencia a eles. Sensação que ao longo do livro vai se esvaindo.

No dia seguinte os porcos reúnem a todos para comunicar a mudança do nome da fazenda, revelam que aprenderam a ler e escrever e então resolvem repassar aos seus seguidores as principais regras do Animalismo.

  • OS SETE MANDAMENTOS
  1. Qualquer coisa que ande sobre duas pernas é inimigo;
  2. Qualquer coisa que ande sobre quatro pernas, ou tenha asas, é amigo;
  3. Nenhum animal usará roupas;
  4. Nenhum animal dormirá em camas;
  5. Nenhum animal beberá álcool;
  6. Nenhum animal matará outro animal;
  7. Todos os animais são iguais.

Logo os líderes do movimento conseguem convencer os animais de que eles deveriam trabalhar mais ainda do que na época do Senhor Jones, e a exploração maior da força de trabalho destes começou mais cedo do que se imaginava. Estes, de boa fé, começaram a produzir mais ainda. Logo nesse primeiro dia acontece um fato bastante curioso. Todo o leite produzido some misteriosamente.

Não se pode negar que de início foi bem produtivo, os animais em sua grande parte faziam o serviço pesado do campo, com exceção dos porcos que tinham a justificativa de que supervisionavam o trabalho dos demais. Sansão – pobre coitado – pedia até pro galo acordá-lo mais cedo para que ele pudesse trabalhar mais. Sua frase preferida era “Trabalharei mais ainda.” Alguns animais se “encostavam” no trabalho dos outros, era o caso do gato. Afinal para que se preocupar em  produzir muito se tudo que os outros produzissem seria dividido por igual? Afinal, no Animalismo não existia MERITOCRACIA.

Durante os domingos aconteciam cerimônias como hasteamento da bandeira e reuniões para decidir questões rotineiras. Os porcos estavam sempre à frente, os restantes não emitiam opiniões, pois nem isso sabiam fazer, mas tinham o direito de votar. Nesse momento começa a se notar que Bola de Neve e Napoleão sempre estavam um contra o outro: é o começo do racha dentro do “partido”. Criaram-se vários comitês. Podemos citar entre eles o comitê de reeducação dos animais selvagens, a liga das caudas limpas. Estes não alcançaram os objetivos para os quais foram criados. Qualquer semelhança com o que acontece com os programas assistencialistas brasileiros, é mera coincidência.

Os animais, em sua grande maioria, eram analfabetos e não se incomodavam com essa condição. Como não conseguiam ler, os 7 mandamentos foram resumidos para eles de forma que pudessem memorizar: “Quatro pernas bom, duas pernas ruim”. Ou seja, tudo aquilo que ia de encontro ao regime, era considerado prejudicial. As ovelhas, que representam aqui a massa de manobra dos regimes não democráticos, repetiam isso pra todos os animais a fim de que ficasse no seu subconsciente.

Descobre-se que o leite desaparecido fora consumido totalmente e exclusivamente pelos porcos, e logo depois quando os mesmos tratam de convencer a população de que as frutas deveriam ter esse mesmo destino, fica nítida a formação de uma classe privilegiada. Coisa bastante comum em regimes implantados em Cuba, URSS, entre outros países considerados comunistas/socialistas. Garganta foi o responsável por dar explicações bastante “convincentes” à população.

Todas as vezes que um animal tentava se opor ao que era dito, o governo os convencia de que se não fosse desse modo, Jones voltaria ao poder. Os animais ficavam assustados e logo ficavam quietos.

Durante toda a Inglaterra foi conhecida a história de uma tal granja que era administrada por bichos. Tornou-se um lugar lendário, onde acreditava-se ser o verdadeiro paraíso na Terra.

Havana, Capital de Cuba

Um dia houve uma tentativa frustrada pelo Senhor Jones de retomar a posse de sua fazenda. Todos os animais defenderam-na com unhas e dentes, literalmente falando. Bola de Neve foi o animal que mais se empenhou nessa batalha sangrenta que terminou com mortes. Sansão sente sua consciência doer, ao achar que matou um homem. Sansão até poderia ser ignorante, porém tinha caráter. Depois desse episódio, tomou conta do lugar o nacionalismo exacerbado. Animais que morreram recebem homenagens e os que lutaram bravamente, condecorações militares.

Mimosa um dia foi vista olhando pros muros além da fazenda, toda saudosa. E fora até indagada porque foi vista recebendo carinhos de um humano. Ela negou que isso aconteceu, pois sabia que não era livre pra manifestar seus pensamentos  e desejos. Mimosa escondia entre suas coisas vários pertences proibidos, como torrões de açúcar e laços de fita. Imaginem o que fariam com ela se encontrassem um tênis da Nike. Mimosa desapareceu, conseguiu fugir da granja. Pediu asilo em outra fazenda. Os bichos depois desse episódio nunca mais tocaram em seu nome.

Ficou acertado que os porcos, por serem mais inteligentes, tomariam todas as decisões referentes à política da granja: o voto só aconteceria pra se ratificar essas decisões. O único problema era a disputa política que acontecia entre Napoleão e Bola de Neve. Bola de Neve era popular e a maioria das vezes obtia a maioria dos votos e era ele também que sempre tinha as idéias. Napoleão nunca criava nada e ainda colocava defeitos nas idéias de Bola de Neve. Bola de Neve chegou a arquitetar a construção de um complexo moinho de vento. Napoleão, claro, desde o início declarou-se contra a criação do moinho de vento. A promessa era de que após construído o tal moinho, os bichos poupariam tanta energia que só seriam necessário três dias de trabalho semanais.

Parte 1

Parte 3

A mentira da democracia vermelha

Após a renúncia de Jânio Quadros o Brasil viveu um momento conturbado. A posse de João Goulart, primeiramente barrada, foi garantida por Leonel Brizola e seus comparsas. Eram desacreditados todos os que denunciavam o caráter socialista do novo Presidente da República. Depois de anunciar seus planos reformistas até mesmo alguns “legalistas” criaram suas dúvidas, afinal de contas, o comunismo era uma ameaça iminente. Os setores conservadores da população não aceitaram essas políticas, e enquanto demonstravam insatisfação os militares iniciavam seu movimento. Foi aplicado o golpe militar, e o Brasil encarou anos de censura e repressão. Não se pode negar que foi um regime maléfico para a nação.

Durante o regime autoritário promovido pelos militares surgiram diversos grupos contrários ao governo, além de outros que já operavam no Brasil antes da subida ao poder dos militares. Grupos de extrema esquerda, que hoje são conhecidos como grupos que lutaram pela liberdade e democracia. Não poderia ser mais imprecisa essa descrição.

Analisemos alguns desses grupos:

Vanguarda Popular Revolucionária: Grupo de alinhamento marxista-leninista (acredito que não preciso explicar as consequências da “democracia” de Lenin), lutou contra a ditadura militar visando a instauração de um regime nos moldes socialistas. Enquanto a URSS reprimia fortemente seus cidadãos, principalmente dissidentes, o grupo assaltava cidadãos e roubava bancos para financiar seu caminho rumo à maravilha de Lenin. Esse era o grupo do qual participou nossa atual “presidentA”, sendo acusada de roubar um cofre na importância de 2,5 milhões de reais.

Movimento Revolucionário 8 de Outubro, ou simplesmente MR8: Semelhante ao anterior, lutou contra a ditadura com o objetivo de instaurar um regime comunista. Especializado em guerrilha urbana (isso mesmo!), foi praticamente desmantelado através da repressão (e não venha me dizer que guerrilha se combate com carinho). Famoso pelo sequestro de Charles Burke Elbrick, embaixador dos EUA no Brasil, continua atuando até hoje no meio político, sob o nome de Partido Pátria Livre (ou seria Pátria Soviete?). Criticava o caráter “democrático-burguês” ou de “libertação nacional” de outros grupos e pregava que a revolução deveria ser exclusivamente de caráter socialista. Com certeza era um grupo que brigava pela “liberdade” e pela “democracia”.

Ação Libertadora Nacional: Esse era o grupo de nosso grande “herói” Carlos Marighella. Mais um grupo de tendência comunista, também participou no sequestro do embaixador anteriormente citado. Ficou famoso também por um grande ato em favor da “democracia”, quando assassinou o marinheiro inglês David Cuthbert, que estava no Brasil com a marinha inglesa na comemoração dos 150 anos de independência (como pode-se perceber seus atos eram de grande utilidade pública). Em vez de desaparecer sem deixar vestígios, pariu o Molipo e a Tendência Leninista. Pelo menos essa última não chegou a se estruturar decentemente.

Quando do seqüestro do embaixador Charles Burke Elbrick, os terroristas da ALN e do MR8 lançaram o seguinte “manifesto”: http://www.marxists.org/portugues/tematica/1969/09/04.htm

(download disponível aqui)

Seguem os dois primeiros parágrafos do documento:

Grupos revolucionários detiveram hoje o Sr. Charles Burke Elbrick, embaixador dos Estados Unidos, levando-o para algum lugar do país, onde o mantêm preso. Este ato não é um episódio isolado. Ele se soma aos inúmeros atos revolucionários já levados a cabo: assaltos a bancos, nos quais se arrecadam fundos para a revolução, tomando de volta o que os banqueiros tomam do povo e de seus empregados; ocupação de quartéis e delegacias, onde se conseguem armas e munições para a luta pela derrubada da ditadura; invasões de presídios, quando se libertam revolucionários, para devolvê-los à luta do povo; explosões de prédios que simbolizam a opressão; e o justiçamento de carrascos e torturadores.

Na verdade, o rapto do embaixador é apenas mais um ato da guerra revolucionária, que avança a cada dia e que ainda este ano iniciará sua etapa de guerrilha rural.

Não só confessam que o sequestro não era um ato isolado como marcava também o início de uma campanha de guerrilha que se espalharia também pelo meio rural. Que tipo de regime trataria bandidos desse naipe com mimos?

O governo militar cometeu diversos crimes. Isso não deve ser negado. Mas chega a ser cômico grupos que cometeram diversos crimes estarem clamando pela punição dos militares. Existe um movimento (correto, se me perguntar) ao redor do globo que procura punir ditadores do passado. Mas não vejo essa mesma euforia para punir os maloqueiros, arruaceiros e criminosos de esquerda, que se esconderam atrás da máscara democrata buscando instaurar seu inferno sonho socialista.

Ao longo do processo de radicalização iniciado em 1961, o projeto das organizações de esquerda que defendiam a luta armada era revolucionário, ofensivo e ditatorial. Pretendia-se implantar uma ditadura revolucionária. Não existe um só documento dessas organizações em que elas se apresentassem como instrumento da resistência democrática.

– Daniel Aarão Reis, ex-militante do MR-8, professor da UFF

Alguns países até hoje têm pesadelos quando lembrados de seus passados comunistas. Não podemos nos deixar levar por devaneios de estudantes que nada mais desejam do que serem sustentados pelo dinheiro alheio. O comunismo é o maior instrumento de poder já criado pelo homem. A Coréia do Norte é o exemplo mais visível disso; a população passa fome e idolatra o grande líder, que inventou o arco-íris e controla o tempo (Além de ser CEO da Nike , é claro). Não existe socialismo democrático. A igualdade total se estabelece através da força. Da ditadura.

Exemplos de democracias que nossos amados bandidos defendem até hoje como modelo para o Brasil:

Kim Jong-Il e seus chacais na República “Democrática” da Coréia
Trabalhadores alemães desfrutando da liberdade na República “Democrática” Alemã…
Fidel Castro, ícone da “democracia” socialista cubana

É essa a “democracia socialista”… transformar nações inteiras em feudos gigantes onde a população é propriedade do Partido e não tem direito sequer de sair do “paraíso”.

Acredito que muitos já ouviram falar que quem faz a coisa certa pelos motivos errados está fazendo errado. Lutar contra uma ditadura é legítimo. Em favor de outra, não. Então não se deixem enganar por esses “heróis da democracia”. A única coisa que queriam era o poder na mão deles. Não preciso falar que hoje eles nos governam, não é mesmo?