Nazismo e suas raizes marxistas

Nazismo, uma palavra ou uma ideologia que gera medo, raiva e outros sentimentos negativos às pessoas – até mesmo para aquelas pessoas que pouco sabem a respeito do nazismo e apenas ouviram falar do holocausto e outras atrocidades cometidas por Hitler e seus seguidores. Não compreendo o porquê dessa ignorância se estender aos professores e outros intelectuais. Constantemente o nazismo é tido como uma ideologia de extrema-direita.

Símbolo pode até ser diferente, mas o resultado é igual ou pior

Eu acreditava nisso quando era menor e ouvia professores dizendo que Nacional-Socialismo era de extrema-direita, mas recentemente comecei a estudar sobre quais são as verdadeiras políticas de direita e acabei lendo sobre Conservadorismo, Liberalismo e Libertarianismo. Logo estranhei ver o Nacional-Socialismo associado à direita, pois os ideais nazistas não se assemelham em nada com as políticas Conservadoras, Liberais e Libertárias, uma vez que essas ideologias defendem a liberdade individual, livre-mercado e um Estado mínimo. O Nacional-Socialismo defende o coletivismo, o Estado forte e a frente de tudo, a restrição das liberdades individuais, etc. Logo, o Nacional-Socialismo está mais convergente às políticas de esquerda do que direita.

Alguns fatos que me levam a crer isso

Os ideólogos do nazi-fascismo beberam na mesma fonte que Karl Marx bebeu para elaborar sua teoria: eles buscaram Hegel e toda sua dialética. Sendo assim, nazi-fascismo entra em rota de colisão com o que os conservadores pensam. Dentre outros pensadores socialistas que influenciaram o nacional-socialismo foram Sombart, Fichte, Rodbertus e Lasalle.

Marx e Mussolini acreditavam que a realidade histórica como uma síntese resultante de uma antítese que se contrapunha a tese, sendo assim para cada um deles a dialética constitui-se em um instrumento de transformação real. Marx dizia que a dialética era a luta de classes e para Mussolini a dialética viria ser a luta e a origem de todas as coisas.

Uma das principais semelhanças entre nazi-fascimo e socialismo é que ambos buscam um Estado totalitário e defendem o socialismo, no livro Der Nationalsozialismus encontramos a seguinte afirmação “nós somos socialistas e inimigos mortais do atual sistema econômico capitalista”. Mais uma vez em divergência com as ideias da direita, Gobbels afirma no livro Kampf um Berlin (p. 19) que o movimento nacional-socialista tem um só mestre: o marxismo. Outro fator que associa os nacional-socialistas com o socialismo é o próprio nome do partido nazista, que traduzido do alemão é Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães. Podemos concluir que nazi-fascistas são de esquerda: diferem dos outros por serem nacional-socialistas, enquanto o socialismo marxista é internacional-socialista. Este último deseja um único Estado, como foi na URSS. Porém, tanto nacional-socialistas e internacional-socialistas defendem um Estado forte, centralizador e gestor de tudo. Inclusive a máxima mais conhecida de Benito Mussolini é: “tudo dentro do Estado, nada contra o Estado, nada fora do Estado”. Uma oposição total a todos os ideias liberais e libertários.

Nacional-socialismo, não é de direita

O economista Ludwig Von Mises (um dos maiores nomes do liberalismo no séc. XX) escreveu em 1944 o livro Omnipotent Government, onde ele explica o crescimento da idolatria ao estado que levou ao nacional-socialismo na Alemanha.  Em uma parte do livro, Mises explica algo que os nacional-socialistas pegaram emprestado do marxismo: o polilogismo.  Até a metade do século XIX, ninguém contestava o fato de que a estrutura lógica da mente é comum a todos os seres humanos.  “Todas as inter-relações humanas são baseadas na premissa de uma estrutura lógica uniforme”, diz Mises.  Podemos nos comunicar justamente porque apelamos a algo comum a todos: a estrutura lógica da razão. Von Mises foi uma das primeiras pessoas a apontar que o nacional-socialismo tem ligações com o marxismo e é uma política de esquerda, ligações estas também demonstradas por Hayek.

Fontes de pesquisa e informações extras :

http://www.mises.org.br/EbookChapter.aspx?id=108

http://www.endireitar.org/site/artigos/economia/126-por-que-o-nazismo-era-socialismo-e-por-que-o-socialismo-e-totalitario

http://www.lepanto.com.br/dados/nazcom.html

O caminho da servidão, de Friedrich A. Hayek

23 comentários em “Nazismo e suas raizes marxistas”

  1. De uma lado, temos a intromissão de uma grande Estado na vida do cidadão, na economia (causando distorções), na falta de liberdade e de propriedade.

    Do outro lado, temos um Estado pequeno, que não interfere na vida do cidadão, não interfere na economia, que protege a liberdade e a propriedade de seu povo.

    Esquerda e direita.

    Obviamente, nazismo, socialismo ou algo do tipo se encaixam na primeira definição, e o capitalismo na segunda.

  2. Falam do nazismo mas se esquecem do Fascismo. Mussolini era comunista de carteirinha. Membro do partido comunista italiano. Editor do principal jornal comunista. Mas era um menchevista e não bolchevista. Quando os menchevistas foram derrotados por Lênin e Trotsky decidiu criar um outro partido. Lênin afirmou, com todas as letras, que a saída de Mussolini foi uma grande perda para o partido comunista.

    A ÚNICA grande diferença entre o nazismo e comunismo era o direcionamento de seu ódio e racismo. Os nazistas acreditavam na sua ascendência biológica e direcionavam seu racismo a todos os outros povos. Se diziam superiores. Uma raça superior.Os comunistas direcionam (até hoje) seu ódio a uma luta de classes. Pessoas ricas, de qualquer modo (ou seja, mesmo aquelas que se matam de trabalhar) merecem morrer e perder tudo o que tem a favor de uma suposta (como bem observou o anarquista Bakunin) igualdade.

    No mais você verá na história do comunismo fases onde a iniciativa privada existiu como o NPE de Lênin. Hitler por sua vez afirmava “que não precisava socializar empresas, socializo pessoas”. Se alguém tiver curiosidade, pegue o plano do partido nazista. É socialista do início ao fim.

    Esse mito do partido nazista ser de direita deve-se a dois pontos fundamentais:

    1º Existência de emrpesas privadas – Sim, elas existiam no período da Alemanha nazista. Porém não se pode confundir PROPRIEDADE com CONTROLE. As empresas tinham donos porém a produção e todo os seus aspectos (como produzir, o que produzir, em que quantidade, com que mão de obra, salário e etc) eram controladas pelo governo principalmente no período de guerra. No mais, durante o NPE Lênin implantou a propriedade privada na Rússia, com programas inclusive de investimentos externos.E, outra coisa, nos dias de hoje, a China seria um país Nazista? Fascista? ?Deixou de ser comunista quando empresas privadas aportaram lá?

    2º Muito dinheiro – Após a guerra, a Rússia e os comunistas gastaram muito dinheiro para sua propaganda e para esconder várias coisas como seu apoio aos nazistas no início da guerra e seus massacres como aconteceu em Katin. Militante comunista não pensa, não tem opinião própria. Faz o que o partido determina. Fora o dinheiro gasto pelos comunistas na compra de historiadores, professores, intelectuais, jornalistas etc. qualquer um que estude o assunto de maneira séria verá que o nazismo e o fascismo são sim forma de socialismo. Talvez não o socialismo bolchevista de Lênin, Trotsky e Stalin, mas são sim socialistas.

    Fonte: comentarios de:
    http://blogs.estadao.com.br/marcos-guterman/%E2%80%9Co-partido-nazista-era-de-esquerda%E2%80%9D/?replytocom=53582#comments

    1. Vi que vc mencionou sobre os empresários alemães. Eles não ficavam com os lucros, pois tinham salário fixado pelo governo igual os operários. Eles não eram proprietários de negócio (betriebsinhaber), mas gerentes de negócio (betriebsführer).

      Nacional-socialismo nunca foi direita!

      E Mussolini, muito bem lembrado, era militante socialista. A origem do fascismo italiano é as fasci di combattimento, que eram socialistas. Tanto é que Mussolini pariu a “Carta del Lavoro”.

      1. Excelente observação a sua Renan, de fato, as empresas alemãs da época, quando eram pequenas ou tradicionais ou então familiares passaram imediatamente para o controle estatal, e seus donos ou proprietarios tornaram-se gestores úteis do negocio que recebia fomentos do governo, porem tinham que atingir metas pré-estabelecidas para a manutenção do negócio. Interessante que este tipo de associação foi tambem caracteristica de expansionismo econômico empresarial do fascismo hispano-italiano e do socialismo da URSS.

        Já as empresas de porte, as que mantinham controle acionário por investidores privados possuiam nomenclatura mista, publico-privado, onde o controle estatal permanecia com gestores escolhidos pela ala contabil-tecnocrata do partido sempre com mais de 50% das açõe, e pela maioria dos acionistas que decidiam em ata privada o nome do segundo gestor. As metas do negócio tambem eram pré-estabelecidas onde os fomentos necessarios à expansão eram divididos entre os acionistas e o estado, um tipo de negocio muito parecido com empresas estatais do regime militar brasileiro que estabelecia o controle acionario por parte do governo detendo no negócio 50+1% das ações e o restante pelos acionistas privados.

  3. Amigão, onde fica esse capitalismo não tolera trabalho escravo? Que capitalismo é esse seu “que não tolera genocidas”. Na sua opinião, Osama Bin Laden, Saddam Hussein e centenas de ditadores africanos, criados e alimentados pelo país símbolo do imperialismo capitalista, não são genocidas? Essa sua direitolândia não existe, bacana… se trata.

    1. Foi o capitalismo que financiou esses caras aí? Ou foi um país que você odeia muito e usa como sinônimo de capitalismo?
      Suponho que este país também seja o seu alvo quando fala de “imperialismo” (e as 18.000 tropas cubanas que mataramo somalis e eritreus, vão bem?).

      Decida primeiro se vai falar de um modelo sócio-econômico ou axincalhar um país que você não gosta. Depois volta aqui.

  4. Ótimo texto. Essa frase do Mussolini tem a mesma essência da pérola de Lênin: “Liberdade? Pra que?”

    Foda que muitos dos historiadores são comunistas. E convém manter a farsa de que o Nazismo é Extrema-Direita.

  5. Tem coisas que eu poondero os tres fazem terrorismo e trabalho escravo venda o capitalismo na ideologia romamtica igual aos outro dois fala em prosperidade lucro trabalhando etc… mas pera ai vamos colocar no caldeirao todos ai como escravizadores da humanidade o qisito democracia ta em verde que é obviio para crescer precisa de liberdade depois que tiver ele sorrapeia enfim essa tabelinha é meio furada quanto ao nazismo e socialismo ta certo , quanto ao capitalismo tem que mudar a tabela

      1. Desculpe… fui rápido e não consegui me expressar como deveria. Na tabela acima trabalho escravo nações capitalistas já fizeram esse tipo de de trabalho , e o terrorismo as nações capitalistas também já usaram desse artificio. então os três regimes já usaram o terrorismo e trabalho escravo para atingir suas metas .

      2. Não existe “nação capitalista”. Pressupõe-se que no capitalismo os agentes são privados, e portanto não podem ser um Estado-nação.
        Mas vejamos os exemplos que você citou, que são interessantes:
        1. A escravidão perdurou em alguns países por mais tempo APESAR do capitalismo e não por causa dele. Foi o caso do Brasil, onde a industrialização convivia com um trabalho no campo que era escravo (e foi assim também na Inglaterra até que a massa migrasse para o trabalho industrial).
        2. Desconhece-se qualquer grupo que tenha usado ou proposto usar o terrorismo como meio de atingir uma Economia de livre-mercado.

  6. Excelente texto!
    Recomendo tambem o video “Agenda: Grinding America Down” que descreve a influencia da agenda comunista sobre sociedade americana, a qual se aplica tambem a nossa sociedade.

  7. Não foram nem os fascistas e nem os nazistas que mataram 100 milhões de pessoas no GULAG comunista! Não foram nem os fascista e nem os nazistas que jogaram bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki! E nem sãos fascistas e nazistas que matam hoje pessoas no Afeganistão, Iraque, Libia, Siria ou Palestina!

  8. As bases dos Fascismos, em especial do Nazismo Alemão eram:
    1- Militarização e beligerância total;
    2- Racismo e Xenofobia exacerbados;
    3- Conservadorismo social extremo;
    4- Nacionalismo inflamado;
    5- Hierarquização completa da sociedade;
    Todos esses aspectos são o oposto da esquerda que defende o pacifismo, políticas afirmativas de justiça histórica, internacionalismo, progressismo e igualdade de todos. Essas características se parecem muito mais com a Direita Clássica Anglo-Saxã que as exibe todas (em um grau menor que no Nazismo de certo).
    A questão de mais ou menos Estado é irrelevante primeiro porque após a crise de 1929 o Liberalismo Econômico era tão desacreditado que nem a Direita Clássica o defendia, depois que essa questão é muitas vezes um chavão: os anarquistas estão na extrema-esquerda sendo inclusive muito mais radicais que os comunistas e são totalmente contra o Estado (não existe anarco-capitalismo, isso é um termo falacioso pois o anarquismo em suas bases é totalmente contra o capitalismo, simplesmente ser contra o Estado não faz de alguém anarquista! Isso foi uma apropriação de neoliberais ultra-radicais e utópicos, seria o mesmo que alguém se dizer cristão-ateu).
    Da mesma forma vertentes como os Absolutistas do Antigo Regime estão muito mais próximos a Direita Clássica Anglo-Saxã que da esquerda! Seria o mesmo que dizer que grupos racistas e ultra-nacionalistas do Norte da Europa, Le Pen na França ou a Ku Klux Klan dos Estados Unidos é de esquerda. Na realidade enquanto a Europa Continental é mais simpática ao intervencionismo estatal na economia mesmo entre a extrema-direita, os Estados Unidos e a Inglaterra já não (a própria Ku Klux Klan e os grupos confederados dos Estados Unidos defendem um regime liberal em economia). Vale lembrar que a Direita Clássica deseja um Estado fortemente limitado somente na área econômica, porque em relação a direitos individuais, liberdades pessoais e etc são extremamente autoritários e desejam que o Estado diga com quem o cidadão pode se casar ou manter relações sexuais, o que a mulher pode ou não fazer com o próprio corpo dela, que tipo de substâncias alguém pode usar (como no caso da Lei Seca dos anos 20 e 30 nos EUA defendida por Republicanos). Ou mesmo no caso do militarismo. Por último seria interessante notar que os nazi-fascismo obteve apoio na França e Reino Unido e mesmo nos Estados Unidos no período entre-guerras principalmente entre as classes dirigentes da direita liberal-conservative especialmente pelo fato de serem vistos como uma oposição que destruiria o socialismo e o regime soviético e regimes como o salazarismo em Portugal ou o Franquismo em Espanha nada foram inspirados no nazismo e fascismo e embora não fossem liberais economicamente quem se atreveria a chamá-los de esquerda?!

    1. Sua definição de fascismo está bastante equivocada. Sobretudo por focar “em especial o Nazismo Alemão”. O nacional-socialismo alemão tem muitas características que são estranhas a todo o resto das ideologias fascistas. E partindo desta premissa errada, sua conclusão também está errada.

      Vou comentar ponto a ponto:

      – Militarização e beligerância total.
      Apesar de ser uma característica do fascismo, esta não é exclusiva dele. Esta característica é compartilhada por todos os movimentos revolucionários, especialmente os inspirados pela tese leninista do Partido de Vanguarda. É uma característica presente no fascismo italiano, no leninismo russo e no nacionalismo chinês. Ideologias radicais são, por definição, beligerantes e militarizantes.

      – Racismo e Xenofobia exacerbados.
      Não é uma base do fascismo. O racismo foi introduzido ao nacional-socialismo alemão por Adolf Hitler, inspirado no movimento pan-germanista da Áustria. Não é uma característica original do fascismo e não está presente na maioria das suas vertentes. Veja por exemplo o fascismo brasileiro (integralismo incluído), que exaltava o mestiço, ou o croata que unia católicos e muçulmanos. Esta falha da análise resulta de partir do nacional-socialismo para julgar os demais fascismos, em vez de partir de algum ancestral comum como o sindicalismo revolucionário ou o nacional-sindicalismo.

      – Conservadorismo social extremo.
      Tirando o fato de que o fascismo não tinha a pretensão de acabar totalmente com a religião, não há nada nele de “conservadorismo social extremo” que não existisse na União Soviética da época. Por exemplo políticas de aumento de natalidade, repressão aos homossexuais, etc.

      – Nacionalismo inflamado.
      O nacionalismo é bastante inflamado também na esquerda. De fato, como explicamos em outro artigo, esta é precisamente a origem do fascismo: a união de uma esquerda revolucionária com o nacionalismo. Isto aconteceu em finais do século XIX. E, já no século XX, apesar de um proclamado internacionalismo mesmo os comunistas mudaram o seu discurso e atitude com relação ao nacionalismo. Veja movimentos como os de “libertação nacional” na África e na América Latina, ou o bolivarianismo que é uma forma de pan-nacionalismo. É por isto que a maior parte da esquerda latino-americana hoje é quase indiferenciável do fascismo.

      – Hierarquização completa da sociedade.
      Este aspecto pode ser uma diferença teórica, mas não prática, entre o fascismo e o socialismo marxista. O marxismo prega a igualdade entre os homens de uma determinada classe (os proletários): ele não afirma que burgueses, proletários e o lumpesinato são iguais em valor para a sociedade. Tanto é que os regimes socialistas se caracterizam por uma implacável perseguição a determinados grupos políticos, os quais tem negado qualquer direito político ou mesmo humano. E, mesmo dentro dos grupos “socialmente aceitáveis” os socialistas diferenciam entre “revolucionários profissionais” e os beneficiários da Revolução. Nos Estados Socialistas, a hierarquização social é baseada no “mérito” da contribuição à Revolução Socialista: líderes e militares primeiro, militantes do Partido depois, logo operários e camponeses, os quais ainda assim são diferenciados entre regulares e “udarniks” (trabalhadores exemplares). Um estudo interessante de se fazer é a formação da intelligentsia soviética.

      1. O militarismo está presente em diversos movimentos políticos, entre eles a chamada Direita Clássica – Observe o quanto os Republicanos dos EUA são militaristas (isso está em consonância com o que prega a Direita: um Estado policial que reprima ao povo e ataque inimigos externos) a própria Ditadura Militar no Brasil mostra o quanto a Direita é militarizada e o quanto os “militarizados” são de Direita!
        O racismo e a xenofobia são características da Direita: Le Pen na França ou mesmo a Direita tradicional francesa representada por Sarcozy e os Conservadores Britânicos – Além é claro da Direita brasileira extremamente racista… A quais Fascismos você se refere? Porque o Franquismo e o Salazarismo não são Fascismos… Agora olhe o Fascismo italiano e veja a exaltação da raça “romana”. O Integralismo (se é que foi um Fascismo) tentou ser uma expressão brasileira do movimento!
        O conservadorismo extremado é sim uma amostra de que posições morais (assim como tamanho do Estado não definem Direita e Esquerda).
        E sobre o Nacionalismo – Fica claro que a Esquerda é internacionalista enquanto a Direita nacionalista, agora se você quer negar por despeito fica a seu critério!

    2. Você está falando desde a perspectiva atual, não da esquerda contemporânea ao fascismo. A esquerda contemporânea ao fascismo era agressiva e pregava abertamente a guerra civil. Nos anos 20 e 30, milícias socialistas e fascistas se matavam nas ruas da Europa. Este fenômeno era muito comum na época. Os temas do internacionalismo e a igualdade, já respondi em um comentário anterior. Você está apenas partindo do ponto errado: julgar “a extrema-direita” pelo fascismo do século XX, mas “a extrema-esquerda” pelo liberalismo social do século XXI. Está confundindo alhos com bugalhos.

      É certo, o liberalismo econômico estava desacreditado na época e não se pode julgar se um movimento é de esquerda ou direita só pelo tamanho do Estado que ele propõe. Recomendamos a leitura dos artigos “Quando o Fascismo era de Esquerda”, “O Fascismo nasce da Esquerda” e “Tudo que você deveria saber sobre o fascismo mas não quer”. Diferentes analistas explicam nestes artigos, as origens históricas, políticas e ideológicas do fascismo.

      Anarco-capitalismo não é um termo falacioso, mas errôneo, decorrente da confusão entre capitalismo e livre mercado (ver “Capitalismo ou Livre Mercado?”). O mais correto é usar o termo anarco-liberalismo ou libertarianismo. Há anarquismos em ambos lados do espectro político, tal e como existem os defensores de um Estado mínimo, de um Estado necessário ou de um Estado totalitário em ambos lados do espectro.

      Até aqui você estava bem. Algumas confusões, mas nada muito grave e que pode ser corrigido com mais leitura. Mas na última parte do seu comentário você virou uma metralhadora de besteiras:

      Absolutismo é anterior à divisão do espectro político. Não havia esquerda ou direita antes do Iluminismo. Não tem sentido querer classificá-lo nos esquemas da política moderna e menos ainda contemporânea. Associar absolutismo com direita = besteira.

      A Ku Klux Klan é de esquerda. Foi criada pelo Partido Democrata que é a esquerda norte-americana, e até hoje há membros e ex-membros deste grupo atuando no partido. A KKK nunca defendeu uma economia liberal, até porque a preocupação deles é o nacionalismo branco e não o livre comércio. Associar KKK com a direita = besteira.

      Não existe “direita clássica”. Você inventou este termo para meter aí tudo que der na veneta. Se os liberais clássicos que estão aí desde 1600 defendendo direitos e liberdades individuais não são “direita clássica” então o que é? Absolutismo do século XVIII e ultranacionalismo do século XX? Coerência histórica mandou lembranças. Aqui você nem sequer conseguiu esboçar uma besteira, simplesmente reproduziu um preconceito que você tem e que é fruto de não ter estudado o tema.

      Foram os progressistas que apoiaram e aprovaram a Lei Seca. Aliás, o período da Proibição é um dos pontos altos da “Progressive Era” (Era Progressista) da história dos EUA. Associar Lei Seca com direita = besteira.

      A acusação de que a direita liberal ou conservadora apoiou o nazi-fascismo não tem embasamento nenhum. Foram os soviéticos que assinaram um pacto com os nazistas para dividir a Europa oriental, não os ingleses ou franceses. O bolchevismo era visto como uma ameaça não só pela direita, mas também pela esquerda democrática. Tanto que es social-democratas combatiam os comunistas nas urnas e nas ruas. Em oposição ao nazismo e ao comunismo, todas as forças democráticas se uniram: republicanos e democratas, conservadores, liberais e social-democratas, etc.

  9. Renan Felipe dos Santos, muito obrigado por divulgar seus conhecimentos em forma de resposta a essa alienada e doutrinada provocadora! Aprendi muito tanto com o texto, quanto com suas respostas que mais pareciam dar com os dois pés no peito de qualquer um!

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