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Meu querido neto, estamos no ano 2080 e queria lhe contar como o Brasil que era tão promissor no inicio do século, se tornou nisso que vemos hoje.
Tivemos sérios problemas políticos meu neto, nosso país era muito promissor, tínhamos grande capacidade produtiva, principalmente no setor agrícola. Mas alguns países não queriam que o Brasil deslancha-se economicamente, pois seriamos uma ameaça a eles. Creio que ainda nos resta pouco tempo, nosso país vive na total miséria.
Recordo quando tinha 15 anos. Tudo era muito diferente. Havia muita produção, os agricultores plantavam de tudo nessas terras, soja, milho, feijão, arroz, trigo, cevada, pêssegos, uvas, laranjas, tomates, morangos, mangas, entre tantos outros, nas áreas onde não era possível cultivar alimentos, haviam árvores para reflorestamentos, era tudo muito bem utilizado, esse seu querido avô que hoje vive as custas do estado, criava muitas riquezas para esse país meu jovem.
Talvez você não lembre, mas quando bebe você mamou o leite materno no seio da tua mãe, naquela época tínhamos produção de leite das vacas que eram as mais saudáveis do mundo, pois viviam em um clima abençoado, mas acusaram os animais de produzir gás metano, e que as pastagens degradavam o solo e prejudicavam o ecossistema, que terrível engano.
Agora comemos frutas nos dias de festa, antigamente eu comia todo dia, era só tirar no pomar que tínhamos atrás da nossa casa. Hoje nossos alimentos são controlados pelo governo. Antes comíamos o que queríamos, pois nós tínhamos liberdade para plantar o que quiséssemos. Que saudade daquele tempo, meu neto.
Antes o meu pai cortava lenha no mato, não precisava de gás e muito menos de energia, e em pouco tempo o mato voltava e recuperava aquela árvore, mas hoje não podemos nem tirar uma folha dela para fazer chá, pois seremos presos por crime ambiental. Comíamos carne quando quiséssemos, era só comprar, ou então abater o nosso próprio gado que nós criávamos, mas agora é proibido, pois os direitos dos animais nos proíbem de fazer isso.
Hoje todos os rios, barragens, lagoas e mantos aquíferos são controlados pelo governo. Ele faz o que bem entende com ele e nós não podemos nem chegar perto, pois isso é crime de poluição.
A aparência da população é horrorosa: corpos desfalecidos, enrugados pela má alimentação, cheios de chagas na pele pelo trabalho braçal, pois não temos tecnologia, porque dizem que ela polui, mas as consequências em nossos corpos ninguém dá valor. Saudade de quando tínhamos maquinas, ninguém reclamava de ficar o dia todo em cima delas, pois sabíamos que estávamos produzindo alimentos de qualidade.
Imensas propriedades que antes criavam riquezas, hoje constituem a paisagem horrível que nos rodeia por todos os lados, só se vê ervas daninhas e insetos, onde antes tinha alimentos. Os agrotóxicos que eram os remédios das plantas foram proibidos. As infecções gastrointestinais por fungos dos alimentos são constantes. As contaminações com Bactéria Staphilococus ou Escherichia Coli que estão presentes no esterco que hoje é tido como fertilizante natural é muito mais dolosa do que uma contaminação de molécula de IA de Defensivo, que antes eram usados para pulverizar os alimentos e hoje são as principais causas de morte, somente atrás da fome, ah a fome meu neto, aquela que antes matávamos com facilidade, hoje nem os ricos conseguem.
A indústria está paralisada e o desemprego é dramático. As fábricas estatais são a principal fonte de emprego e pagam-te com alimento em vez de salário. Têm-se notícias que nas periferias pessoas praticam canibalismo, pois não tem o que comer.
Os assaltos por comida são comuns nas ruas. A comida é semelhante às rações usadas para dar aos animais. Antes sentíamos o gosto dos alimentos saborosos, hoje comemos para viver, que saudade dos agricultores.
O governo nos cobra por tudo, menos pelo ar que respiramos. Somente os comandantes vivem bem nesse país, estranho pois éramos o futuro do mundo. Desde que no inicio dos anos 2000 um partido politico chegou ao poder nosso país começou a ser destruído. Quantos erros, meu neto.
Os agricultores advertiam que havia gente que não queria cuidar das plantações, mas destruí-las e que ninguém viveria sem alimentos. Fizeram pouco caso. Hoje, meu neto, quando sua mãe me pergunta como foi que deixamos isso chegar até esse ponto, eu lhe falo: “Foi sua geração que fez isso, caíram aos encantos de ONGs internacionais que tinha outro foco, como o Greenpeace que hoje junto com a ONU e a Unesco governam o planeta inteiro e quem se opor a eles, na melhor das hipóteses, será preso. Muitas pessoas sumiram sem deixar rastro.” As obras que denunciavam os males dessas ONGs foram censuradas, como ninguém deu valor a isso?
Por isso, meu neto, que lhe descrevo o tão bonito eram as plantações, os trigais ao vento, a soja pintando de verde os campos, o gado com sua imponência nos pastos. Éramos felizes, não nos demos conta do que estava acontecendo, de que cor nosso país estava ficando, hoje ele é vermelho, a foice e o martelo são o símbolo dele.
Agora quando você me pergunta: “Vovô, por que acabou os alimentos?” Então, sinto um nó na garganta, não posso deixar de sentir-me culpado, porque pertenço à geração que destruiu os agricultores, não tomamos conta com tantos avisos que eles davam. Agora os nossos filhos e netos pagam um preço alto e sinceramente creio que a vida na Terra já não será possível porque a destruição dos que produziam riquezas chegou a um ponto irreversível.
Como gostaria de voltar atrás e fazer com que toda a humanidade compreendesse isto quando ainda podíamos fazer alguma coisa para salvar a nossa pátria amada Brasil!
*Obra adaptada da “Carta do ano 2070” pelos administradores da pagina Agricultura Brasil: Vade Bernaski, Alison Ciceri, Micael de Aguiar Marsiglio e Ricardo Angonese.
Abaixo arcabouço teórico, à principio pode parecer uma teoria da conspiração, mas estudando esses artigos vocês terão noção do que vem ocorrendo:
- Verde a nova cor do Comunismo
- Agrotóxicos, remédios para as plantas
- Ecobobice é a religião da nova era
- Instrumentalização política do movimento ambientalista
- Interesses econômicos por trás de ONGs